Acompanhei
o corrido em Princesa Isabel e em Jacaraú esta semana, quando agências
bancárias foram explodidas e cenas patrocinadas por bandidos atrevidos e
desalmados aterrorizaram as populações, e mais uma vez me convenci da falta de
um projeto de segurança no Estado, um projeto de governo, fato lamentável e que
estamos a cobrar há mais de dois anos, já que ele não existe e no meu humilde
sentir, a área de segurança pública encontra-se órfã de legitimidade, pois
incapaz de pensar algo novo e eficaz para o combate à criminalidade na Paraíba
e os encarregados da INSEGURANÇA PÚBLICA são mantidos em seus cargos, num
verdadeiro desrespeito ao povo, deboche aos críticos e desprezo e achincalhe
aos que pensam, e o pior, eles aparecem de vez em quando, bem vestidos e
elegantemente uniformizados, em ambientes solenes e finos (salas palacianas),
para assacarem contra a inteligência dos paraibanos, verberando dados de
diminuição da criminalidade, numa ode espantosa à insensatez com a verdade.
Temos
propostas e já apresentamos algumas, inclusive, uma delas, se tornou projeto da
Polícia Militar, denominado“Olho Solidário”, ideia minha, que consiste na
instalação de câmeras nas entradas, saídas e dentro das cidades interioranas.
Sou
contra a ressuscitação da vergonhosa “Operação Manzuá”, pois era imoral e a
cultura daqueles que entendem a mesma como geração de uma renda extra não
mudou, acho que algo mais novo poderia ser adotado e ouso apresentar na área da
repressão as seguintes proposições, se querem deixar de fingir que fazem
segurança na nossa terra, às quais divido em simples, médias e complexas,
apenas no tocante a gastos, mas para um governo que deveria ter segurança como
prioridade, orçamento não seria o problema, vejam:
PROPOSIÇÕES
SIMPLES – Por
meio de lei estadual, toda a rede bancária na Paraíba estaria obrigada ao
seguinte: no final do expediente retirar todo o dinheiro dos caixas
eletrônicos, além da colocação de câmeras externas, com um monitor mostrando a
fachada do banco na delegacia ou destacamento policial militar.
PROPOSIÇÕES
MÉDIAS - Formação
de parcerias entre a Secretaria de Segurança, Polícia Militar e municípios,
para: Instalação das guardas municipais, sistema de câmeras mostrando as
entradas e saídas, principais instalações e logradouros públicos de cada
cidade, iluminação pública de qualidade, construção de quadras esportivas nos
pontos considerados críticos e o alastramento de programas esportivos e
culturais, sempre com o pagamento de uma bolsa aos participantes, que seriam
originários daquelas populações em estado de vulnerabilidade.
PROPOSIÇÕES
COMPLEXAS – Criação
da Polícia de Fronteira, com instalação nas saídas e entradas para os Estados
vizinhos dos seguintes equipamentos, os quais trabalhariam de forma integrada: Pelotão
de Fronteira, composto de cinquenta homens, Delegacia de Fronteira,
com delegados e agentes permanentes, esta envolvendo inclusive Delegacia
Tributária, uma vez que as saídas clandestinas que seriam vigiadas e
combatidas, são rotas de sonegadores que sangram a nossa fazenda em valores
inestimáveis, além de Posto do Fisco e um de Fiscalização de Animais,
já que qualquer pessoa pode dar uma volta em todo o Estado com um
carregamento de animais e ninguém lhe incomodará cobrando as guias de
transporte de animais, as famosas GTAs.
No
combate ao tráfico, sugerimos a criação de uma Força Tarefa, a exemplo
da Força Nacional, composta de cinquenta homens das polícias militar e civil,
para que se instalassem a cada quinze dias nas mais diversas cidades, com o
escopo de fechar as “bocas de drogas” e prender seus proprietários e isto é
mais fácil do que se imagina, basta disposição, compromisso e vontade, tendo em
vista que as “bocas” e os traficantes de cada cidade já são inclusive
conhecidos dos destacamentos, dos comandantes que atuam naquelas comunidades e
é fácil, vamos inundar os fóruns com pedidos de busca domiciliar, de retirada
dos sigilos telefônicos, bancários, fiscais e muitos traficante irão para a
cadeia, num trabalho contínuo e incessante.
Na
área social o governo deve investir pesado, com criação de programas “segundo
tempo”, formação de mulheres preparadas (mulheres da paz) para intermediarem
conflitos e procurar as autoridades responsáveis para resolução de fatos de
interesse da comunidade e implantação de programas PROTEJO aos
residentes em bairros periféricos, além da construção de espaços de
convivência, onde os valores esportivos, culturais e morais sejam devidamente
trabalhados, assim como, construção de casas de acolhimento e de três centros
de recuperação de dependentes químicos no Estado, sendo um em Bayeux, na área
da Colônia Getúlio Vargas, onde em vetustas eras, funcionou o leprosário.
Porém,
se as chamadas autoridades não tiveram este olhar até agora, o melhor é que
pedissem para saí e se não o fizessem, que o governador, representante e
responsável maior pelo Estado, que os convidassem gentilmente a se retirarem,
pois, se permanecerem, ainda assistiremos a outros “shows” da bandidagem
insolente e descarada, que sabe que na Paraíba não existe um projeto para
combatê-los.
Promotor
Marinho Mendes