Lamentável
atraso de algumas pessoas que atuam na mídia, tem fornecido indiscutível
desserviço à causa dos Direitos Humanos no Estado da Paraíba, uma vez que,
enquanto Roberto Caldas, juiz brasileiro da Corte Interamericana de Direitos
humanos e Paulo Vannuchi, eleito para compor a Comissão Interamericana de
Direitos Humanos, sonham na disseminação do conhecimento acerca da matéria,
inclusive trazendo ao conhecimento dos brasileiros os diretos inscritos na
Convenção Americana dos Direitos Humanos e no Pacto de São José da Costa Rica,
para que todos tenham ciência dos seus direitos individuais, civis e sociais,
mediante a instrumentalização e utilização desses militantes como
multiplicadores, para que as desigualdades sociais sejam denunciadas,
debatidas, encaminhadas e resolvidas, infelizmente, os meios de comunicação no
Estado, salvo honrosas, raras e corajosas exceções, teimam em tentar
desacreditar, desmoralizar, desqualificar esses valentes guerreiros de uma
causa difícil, que é a defesa dos sem nada, dos que não possuem o devido acato
ás suas dignidades de seres humanos, os quais, infelizmente, de forma
equivocada, preconceituosa, sem nenhum conhecimento da causa, abrem seus
vozeirões exclamando, que “direitos humanos são direitos de bandidos”.
Tem
deles que agridem os militantes de direitos humanos por pura ignorância, por
irresponsabilidade de proprietários de meios de comunicação, que de olho apenas
no lucro ganancioso, sacodem microfones nas mãos desses homenzinhos sem
conhecimento, para darem espetáculos tristes de violação aos mais básicos
direitos do ser humano e expor a Paraíba ao ridículo, e muitos deles, por serem
originários da massa famélica e excluída, são os piores opressores,
inquisidores, acusadores debochados e julgadores impiedosos daqueles que
tiverem a desdita de caírem em frente ás suas câmeras e dos seus
inqualificáveis microfones.
Não
mentimos, quando verberamos que nos ergástulos públicos paraibanos existem
torturas, isto é verdade incontroversa, mas o que é mentira mesmo e isto pessoas
submissas, muitas delas com cargos de confiança e outras pagas pela SECOM não
dizem e não dirão jamais, é que as apurações governamentais são engodos,
falácias, ou como dizem os mais novos “ENROLECHAN”, já que as comissões
escaladas para “apurar” as denúncias não possuem independência, são submissas,
e o pior de tudo, algumas delas presididas por pessoas que de forma
despudoradas assumem a defesa dos suspeitos, dos investigados e do próprio
governo e dos secretários das pastas, de forma que indagamos: quem mente, quem
tem coragem de levar a público as sevícias ou quem se utiliza de servidores sem
independência, sem liberdade, sem autonomia para investigar e dizer que nada
aconteceu, quem mente?
Existe
uma Secretaria de Comunicações – SECOM, poderosa, com orçamento milionário para
cooptar os meios de comunicação e não deixarem que eles vazem uma só vírgula
dos movimentos dos direitos humanos , para que não forneçam nem um milésimo de
segundo em suas grades de programação, ou seja, a SECOM asfixiou os movimentos,
a mídia só publica o que interessa e promove o governo, aliás, o chefe do
governo aí posto, então quem mente senhoras, quem mente senhores?
Afora
dois ou três colunistas, corajosos, destemidos, audaciosos, que ecoam as
verdades que esse povo diz ser mentira, inveja, parcialidade, o grosso de toda
a mídia encontra-se amordaçada e servindo de instrumento para tentar
desmoralizar essas mulheres e esses homens valentes, que entregam as suas vidas
todos os dias a esta causa, sem ganhar nada, na defesa dos direitos humanos, na
defesa do direito de expressão, do direito à moradia, à segurança, à saúde, à
educação, à segurança, da mobilidade, do fim da tortura nas enxovias, que não
mentem, mas o governo que usa de toda a parafernália midiática mente sim senhor
e o pior, transforma servidores de boa índole em infelizes capachos defensores
de uma causa abjeta e vergonhosa.
De
forma que não acreditamos em nenhuma apuração levada a termo pelo Estado e nem
nos interessa mais suas apurações, pois já sabemos: NÃO VAI DAR EM NADA MESMO e
quando dar (o caso da comissão que apurou as prisões dos conselheiros) são
devidamente engavetadas, então quem mente mesmo senhor? Não queremos e nem
toleramos mais seus fingimentos, ou melhor, fingir que apura, fingir que faz
segurança, fingir que respeita os direitos Humanos, quando alguém graduado de
Brasília baixa por essas bandas e avisamos, vamos à COMISSÃO INTERAMERICANA DE
DIREITOS HUMANOS.
Promotor
Marinho Mendes
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