A política virou um negócio particular na Paraíba e
no Brasil. Os políticos se lamentam, dizem que sofrem com a política, mas não
largam o peitinho. E quando largam, botam alguém da família como herdeiro dos
votos.
Aqui na Paraíba são incontáveis os exemplos, a
começar pelos mais graúdos, feito o ex-governador Zé Maranhão que, não
satisfeito em ser quase tudo no estado, botou os sobrinhos Olenka e Benjamin
para exercerem mandatos na Assembléia e na Câmara dos Deputados.
O senador Cássio Cunha Lima, que tem um primo na
Prefeitura de Campina e o irmão Ronaldinho junto dele, como vice-prefeito, já
prepara o filho Diogo para vôos brasilienses com mandato de deputado federal.
A prefeita Chica Motta, que sucedeu ao ex-genro na
Prefeitura de Patos, tem o neto Hugo em Brasília como deputado federal, além da
filha, ex-mulher do ex-genro de Chica e mãe do deputado Hugo, casada com um
prefeito daquelas bandas sertanejas.
Efraim Morais, que perdeu o mandato de senador, já
mantinha o filho Efrainzinho como deputado federal. O rapaz se elegeu sem ter
barba direito no queixo e está lá no segundo mandato, com jeito de quem quer
ficar para sempre.
A família Rego foi logo de três: Veneziano,
prefeito de Campina, Vitalzinho senador e Nilda, mãe dos dois, deputada
federal. Vené cumpriu o mandato na Prefeitura e já se anuncia como candidato a
governador.
O deputado Carlos Dunga elegeu dois filhos
prefeitos: Dunguinha e Carlos José. Wellington Roberto, que é deputado federal,
elegeu o filho Caio para o cargo de deputado estadual. O rapaz não aparece,
parece uma galinha morta, mas está lá, representando o pai.
O deputado Damião do Coração pra Coração Feliciano,
na hora de indicar alguém para o governo, botou o filho Renato como secretário.
Marcondes Gadelha abandonou a vida pública, mas teve o cuidado de colocar o
filho Leonardo no seu lugar, na Câmara dos Deputados. O deputado Hervásio
Bezerra, não satisfeito apenas com o mandato de deputado, tentou botar o filho
como vereador. Quase o elegeu, ficou numa peínha de nada.
E o ex-prefeito de Cajazeiras, Carlos Antonio, que
queria ser prefeito de novo e ajustiça não deixou, não contou conversa: pegou a
mulher Denise e a enfiou na Prefeitura da cidade que, segundo dizem, ensinou a
Paraíba a ler.
Blog do Tião Lucena
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